"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

As SOLAS do Protestantismo - "Evangélico", você conhece a sua fé? - RESUMÃO


Sou professor, trabalho com jovens, justamente daquela faixa etária mais "questionadora", pra não dizer: a fase dos que "sabem tudo e que possuem opinião formada" sobre qualquer tema que lhes possamos apresentar (acreditem, também passei por essa fase).
Dentro de minhas possibilidades, tento orientá-los sempre que surge algum problema relacionado aos assuntos espirituais ou que fira a justiça e a verdade, embora, infelizmente, tenhamos (nós professores) que seguir a "filosofia da empresa" não entrando em temas polêmicos ou que distoem dos conteúdos programados para o curso que ministramos.
 
Presenciei, em certas ocasiões, opiniões que me motivaram a escrever este pequeno texto pois correspondem não apenas ao pensamento dos jovens que às expressaram mas sim ao de quase todos os auto denominados "evangélicos".
 
Certa vez, enquanto trabalhávamos um conteúdo previsto no cronograma do curso, um jovem trouxe à discussão em grupo o tema da "Reforma" (termo este desconhecido inclusive por ele), dizendo que "em tempos atrás a Igreja Católica oprimia o povo com suas mentiras, foi então que surgiu um libertador chamado Lutero que se revoltou contra essa opressão e mostrou ao povo a Bíblia que eles desconheciam, libertando o povo cristão pra que pudessem praticar o cristianismo"...
 
Coincidentemente ou não, trabalhando o mesmo conteúdo com outra turma (falávamos sobre ideologias), uma jovem trouxe uma afirmação muito parecida: "é igual na idade média, quando a ideologia dominante era a da Igreja Católica, que era tão corrupta que fez com que um homem chamado Lutero se revoltasse com tanta sujeira e criasse a primeira igreja cristã, que seguia a bíblia!"
 
Numa terceira turma, em outra situação, também uma jovem disse que "no passado a Igreja Católica perseguia as minorias que não queriam seguir sua religião". Como fonte de tal acusação citou um filme que havia assistido, se não me engano "Alexandria", onde contou que uma jovem era perseguida pelos católicos porque acreditava nos astros e no universo...
Disse ainda que religiões afro brasileiras (macumba, segundo ela) vieram da Igreja Católica.
Logo após afirmou que "Jesus fundou a Igreja Católica mas que, como essa se corrompeu, foi então necessário que surgisse um "homem de Deus" para iluminar o mundo e trazer de volta o Cristianismo". Seu nome? Lutero!
Outro jovem se manifestou contra tal afirmação, dizendo que "Jesus não fundou igreja alguma: onde na Bíblia encontramos essa passagem?"
 
Por fim, segunda-feira passada, jovens discutiam sobre o que seria um cidadão ideial... foi quando deram como exemplo... JESUS. Começaram a discutir de maneira calorosa, então um dos jovens se manifestou reproduzindo um slogam mais repetido que música de disco arranhado: "Placa de igreja não salva ninguém!"
 
 
Bem... além do festival de calúnias e mentiras repetidas e da visível ignorância teológica/histórica/religiosa dos jovens em questão, o que mais todos tinham em comum?
 
TODOS se declaravam EVANGÉLICOS.
 
Além das mencionadas, pude verificar outras semelhanças contidas em suas opiniões:
 
  1. Não importa a Igreja (desde que não seja a Católica) para a salvação, o que importa é ser cristão (vai saber o que significa este termo para eles...)
  2. A Igreja Católica era e continua sendo corrupta, opressora e "não seguindo a Bíblia".
  3. Martinho Lutero foi praticamente um Santo (bem, como não gostam deste termo, o substituiremos por "homem de Deus").
Ao questioná-los sobre suas opiniões, verifiquei que eles apenas refletem o pensamento de quase todos os protestantes auto intitulados evangélicos... Desconhecem completamente noções básicas de história e religião (inclusive das próprias que dizem seguir), repetindo como papagaios o que ouvem de pessoas, como eles, ignorantes (no sentido de desconhecedores).
 
Ao perguntar-lhes sobre o que pensam a respeito das "SOLAS" do protestantismo, demonstraram desconhecer tal palavra, muito provavelmente, tendo pensado nas solas da foto acima.
 
Enfim, para que se possa demonstrar os erros contidos nestas crenças errôneas que estão se difundindo de maneira tão ampla e acelerada, abaixo tentaremos demonstrar de maneira resumida -um RESUMÃO conforme descrito no título deste post - quais são os fundamentos ou pontos em comum da maioria das "fés" protestantes, uma vez que não existe "Fé Protestante/Evangélica" mas sim centenas ou milhares de fés com apenas alguns princípios em comum. Estes princípios são conhecidos como as "SOLAS" do Protestantismo. Embora normalmente são definidas como 5 solas, duas delas - Sola gratia e Soli Deo gloria - ou não são cridas ou postas em prática pela maioria das fés protestantes ou já estão relacionadas as 3 que vamos descrever brevemente:
  • SOLA SCRIPTURA (Somente a Escritura): é o princípio protestante segundo o qual a Bíblia é suficiente como única fonte de doutrina e prática cristãs, quase sempre devendo ser interpretada ao pé da letra. Com isso ignora-se a História, a chamada Tradição e toda e qualquer outra fonte que não a Bíblia - Somente a Escritura. É este princípio que faz com que o protestante creia somente naquilo que "tá escrito na Bíblia" ou que "a Bíblia diz..."
  •  
  • SOLA FIDE (Somente a Fé): é o princípio protestante que afirma ser necessária somente a "fé" em Jesus Cristo para a salvação do homem. Este princípio também se opõe à crença católica de que além da posse da fé verdadeira deve-se colocá-la em prática por meio de obras de caridade, portanto aliando a fé às obras. A Sola Fide também afirma que o homem apenas possuindo Fé em Cristo, independente de obras ou do faça será salvo, não importando mais os seus pecados passados, presentes ou mesmo futuros desde que "aceite Jesus" e tenha fé nele e na sua graça. É este princípio que faz com que o protestante acredite piamente que "já está salvo".
  •  
  • SOLUS CHRISTUS (Somente Cristo): é o princípio protestante que afirma ser somente Jesus Cristo o medianeiro entre Deus e o homem, excluindo toda necessidade de se recorrer a Igreja Católica com seus sacramentos, de se pedir intercessão dos santos, de se recorrer a padres ou qualquer homem para se obter perdão. Incluindo a Sola Deo Gloria e a Sola Gratia, negam a necessidade e a possibilidade de se enaltecer, "glorificar" ou demonstrar qualquer sinal de reverência para com qualquer pessoa que não Jesus (embora o façam com os líderes de suas seitas). É este princípio que faz com que a cada dia qualquer protestante, por acreditar ter uma "ligação direta" com Jesus, creia ter autoridade para fundar uma nova "igreja".
Podemos citar ainda como princípio protestante, o LIVRE EXAME. De acordo com este princípio protestante, todo e qualquer homem que tem autoridade para, livremente examinar e interpretar os textos das Escrituras Sagradas, não necessitando mais de qualquer outra autoridade para isso (como no catolicismo onde o Magistério da Igreja que detem este poder). Somando as SOLAS apresentadas acima com o LIVRE EXAME das Escrituras podemos já ter noção do porquê existirem mais de 30.000 "fés evangélicas" professando crenças diferentes entre si (para citar apenas com as oficialmente registradas).
 
Enfim, agora que conhecemos - mesmo que resumidamente - as bases das fés protestantes, fica mais fácil de compreendermos o problema, identificarmos seus erros e refutá-los.
 
Em próximas postagens indicaremos excelentes artigos de outros sites que demonstram por que se deve abandonar este ERRO de se identificar como evangélicos aqueles que na verdade estão - na maior parte inconscientemente - em pecado de heresia, fazendo com que retornem à Única Fé Verdadeira: A FÉ CATÓLICA.

¡Viva Cristo Rey!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CRISTIADA - parte 1 - Origens da Guerra Cristera

Quando falamos em heróis da Fé, mártires ou martírio, automaticamente pensamos nas perseguições perpetradas por imperadores romanos ou imaginamos algum episódio que tenha ocorrido muitos e muitos séculos atrás. No entanto, em tempos recentes diversas perseguições à nossa Fé Católica aconteceram e continuam a acontecer e, dentre elas, uma merece especial destaque: a Guerra Cristera, também conhecida como CRISTIADA. Este importante episódio de nossa história, embora recente, infelizmente é desconhecido por grande parte da geração atual.
 
Este blog, através desta iniciativa, tentará contribuir para sua divulgação principalmente entre os falantes de português onde há grande escassez de informações a respeito. A seguir, iniciaremos uma série de postagens sobre a Guerra Cristera. Esperamos com isso colaborar para o fortalecimento da fé daqueles que conhecerem um pouco mais deste período que produziu tantos santos, modelos de fidelidade à Cristo, principalmente na época em que vivemos onde os direitos de Deus são cada vez mais atacados e vilipendiados. ¡VIVA CRISTO REY!


AS PERSEGUIÇÕES RELIGIOSAS NO MÉXICO DO SÉCULO XIX

Fonte:ECWiki                                 Tradução: Morro por Cristo

É conveniente que iniciemos nossa crônica pelo começo: a perseguição liberal que ocasionou a guerra cristera - Cristiada - no século XX não era senão a continuação da que se iniciou, já em larga escala no século XIX. Em 1810, com o grito do Padre Miguel Hidalgo: «Viva Fernando VII e morte ao mal governo!», inicia-se o processo que culminaria com a independência do México. Em 1821 o Plano de Iguala define a independência completa do México como monarquia constitucional que, ao ser oferecida sem sucesso a Fernando VII, acaba ficando à designação das Cortes mexicanas. Após o breve governo do imperador Agustín de Itúrbide (1821-24), rejeitado pela maçonaria e fusilado em Padilla, é proclamada a República (1824), que caminha vacilante até metade do século e que perde para os Estados Unidos a metade do território mexicano (1848).
Benito Juárez
Pouco depois da independência, já en 1855, desencadeou-se a revolução liberal com toda sua virulência anti-cristã. Foi então quando sobiu ao poder Benito Juárez (1855-72), índio zapoteca de Oaxaca, que aos 11 anos, auxiliado pelo leigo carmelita Salanueva, aprendeu o idioma espanhol, a ler e escrever, o que lhe permitiu ingressar no Seminário. Posteriormente, já como advogado e político, impõe, obrigado pela logia* norte-americana de Nova Orleans, a Constituição de 1857, de orientação liberal,  e as Leis de Reforma de 1859, ambas abertamente hostís à Igreja.
Por meio delas, contra todo direito natural, se estabelecia a nacionalização dos bens eclesiásticos, a supressão das órdens religiosas, a secularização de cemitérios, hospitais e centros beneficientes, etc. Seu governo ainda apoiou uma "igreja mexicana" numa tentativa precária de criar, em torno de um pobre sacerdote, uma igreja cismática.
Todas estas arbitrariedades provocaram um levantamento popular católico, semelhante, como assinala Jean Dumont, ao que haveria de se produzir no nosso século. Com efeito, «a Cristiada [1926-1931] teve um precedente bastante parecido nos anos 1858-1861. A catolicidade mexicana de então também manteve uma luta de três anos contra os Sem-Deus da época, laicistas da Reforma, também jacobinos, que haviam imposto a liberdade para todos os cultos, exceto o culto católico, submetido ao controle restritivo do Estado, com os bens da Igreja postos à venda, a proibição dos votos religiosos, a supressão da Compania de Jesus e portanto, de seus colégios, o juramento de todos os funcionários do Estado a favor dessas medidas, além da deportação e a prisão dos bispos e sacerdotes que protestassem. Pio IX condenou estas medidas, assim como Pio XI expressou sua admiração pelos cristeros».
Naquela guerra civil, na qual houve «deportação e condenação a morte de sacerdotes, deportação e encarceramento de bispos e de outros religiosos, repressão sangrenta das manifestações de protesto, particularmente numerosas nos estados de Jalisco, Michoacán, Puebla, Tlaxcala» (Hora de Deus no Novo Mundo 246), o governo liberal prevaleceu graças à ajuda dos Estados Unidos.
A Reforma liberal de Juárez não se caracterizou somente por seu sectarismo anti-religioso, mas também porque junto à desamortização dos bens da Igreja, eliminou as hortas comunitárias dos indígenas. Estas medidas não evitaram ao Estado sofrer um grave colapso financeiro, porém enriqueceram a classe privilegiada, aumentando o predomínio do latifúndio em larga escala. Com tudo isso, segundo o historiador mexicano Vasconcelos, também filósofo e político, «Juárez e sua Reforma estão condenados por nossa historia», tendo ele passado, como outros, «à categoria de agentes do Imperialismo anglo-saxão» (Breve hª 11).
Sobre este último bastaria recordar as incríveis ofertas, por vezes vergonhosas, do governo de Juárez aos Estados Unidos nos tratados Mac Lane-Ocampo e Corwin-Doblado ou nos convênios com os norte-americanos administrados pelo agente juarista José María Carvajal...
O período de Juárez viu-se interrompido por um breve período em que, por imposição de Napoleão III, ocupou o poder Maximiliano de Austria (1864-67), fusilado em Querétaro pouco tempo depois. Também nestes anos a Igreja ficou sujeita a leis vexatórias e os maçons «ofereceram ao Imperador a presidência do Supremo Conselho das logias, que ele recusou, aceitando porém o título de protetor da Ordem, além de nomear a dois de seus indivíduos como representantes, ao que imediatamente receberam o grau 33» (Acevedo, Hª de México 292).
Juárez foi sucedido no poder por Sebastián Lerdo de Tejada (1872-76). Este, que havia estudado no Seminário de Puebla, intensificou a perseguição religiosa, chegando a expulsar até «as Irmãs da Caridade - a quem até mesmo Juárez havia respeitado-, não obstante que das 410 que havia, 355 eram mexicanas, e que atendiam a cerca de 15 mil pessoas em seus hospitais, asilos e escolas. Por outro lado, favoreceu oficialmente a difusão do protestantismo, com apoio norte-americano. No ano de 1873 foi proibido que houvesse fora dos templos qualquer manifestação ou ato religioso» (Alvear Acevedo 310). Tudo isso provocou a guerra chamada de "los Religioneros" (1873-1876), um levantamento armado católico, precedente também ao dos cristeros (Meyer II,31-43).
O longo período de Juárez no poder ocasionou entre os mesmos liberais uma oposição cada vez mais forte. O general Porfirio Díaz - que era, como Juárez, de Oaxaca e antigo seminarista - propugnou como lei suprema a não-reeleição do Presidente da República (Plano de la Noria 1871; Plano de Tuxtepec 1876), desencadeou-se uma revolução que o levou ao governo do México mantendo-o durante quase 30 anos: foi reeleito oito vezes, numa sequência de fraudes e irregularidades nas eleições, entre 1877 e 1910.
Neste longo período exerceu uma ditadura de ordem e progresso, visivelmente favorável para os investidores extrangeiros - petróleo, redes ferroviárias -, principalmente norte-mericanos, e para as camadas sociais mais privilegiadas. Também em seu governo aumentou o latifundismo, e se mantiveram injustiças sociais muito graves (+Kenneth Turner, México bárbaro). Apesar de tudo, o liberalismo do Porfiriato foi mais tolerante com a Igreja. Ainda que tenha deixado vigentes as leis persecutórias da Reforma, normalmente não as aplicava; mas manteve em seu governo, especialmente no ensino fundamental e universitário, o espírito laicista anti-religioso.

CONTINUA...

*NDT - Logia ou Loja: segundo a Wikipedia, na maior parte do mundo, os maçons juntam-se, formando lojas maçônicas de modo a trabalhar nos graus simbólicos da Maçonaria. As Lojas não são os edifícios onde se reúnem, mas a própria organização;

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"CRISTIADA" - Outro objetivo deste apostolado virtual

Caríssimos leitores, gostaria de compartilhar algo com vocês...
 
Desde que me surgiu a idéia de criar este apostolado virtual há pouco mais de 4 meses, tive como "força motriz" o desejo de contribuir de alguma forma para a salvação e santificação das almas, incluindo a minha.
 
Meu desejo era e continua sendo: contribuir para que o maior número de pessoas possa conhecer a Verdade da religião católica; refutar os erros em que grande parte dos católicos e "ex católicos" se encontram; buscar que retornem das falsas religiões para as quais migraram, assim como também apresentar o verdadeiro catolicismo aos que o desconhecem ou que possuem uma visão distorcida do que ele realmente é, desfazendo assim seus preconceitos e ignorância acerca da única religião de Cristo Jesus.
 
Para que pudesse contribuir com tão grande e importante Missão, não me propus a executar ações geniais no campo da Apologética e defesa da Fé, pois creio já existirem diversos sites e apostolados virtuais que cumprem de maneira magistral este papel, assim como diversos apologetas muito mais sábios e talentosos atuando no mundo virtual. Portanto, minha contribuição consiste em apenas escrever ou criar artigos na medida em que seja necessário ou proveitoso, mas sobretudo, indicar bons artigos, notícias, sites e demais instrumentos que cumpram este objetivo.
 
O Apostolado Virtual Morro por Cristo quer ser útil como um divulgador ou transmissor da Verdade Católica, sobretudo na periferia, em bairros pobres e afastados, no "Morro", onde a Verdade Católica é tão escassa e onde o crescimento das seitas protestantes é ainda mais notável do que em outros pontos de nosso Brasil. Embora a Verdade Católica deva ser transmitida em qualquer meio, podendo este apostolado ser útil PARA TODOS que quizerem acessá-lo, também gostariamos de colaborar para que o mundo, o Brasil, o estado, a cidade, o bairro, o morro se voltem todos para Cristo, o Morro por Cristo.
 
Mas o significado do título Morro por Cristo tem a ver também com o verbo morrer... Morrer po Cristo, como um grito de guerra ou uma profissão de fé a ser expressada por quem se dispõe a entregar-se completamente por Ele:  - se necessário, MORRO POR CRISTO!
 
Assim sendo, nosso apostolado visa também tratar sobre algo que causa admiração, curiosidade e incompreensão ao mesmo tempo, principalmente na época em que vivemos: o martírio.
Adotamos diversos santos mártires como patronos de nosso apostolado virtual, em especial muitos CRISTEROS.
 
Nosso apostolado também adotou como razão de sua existência, além da difusão e promoção do verdadeiro catolicismo na periferia e em meios onde ele dificilmente chegaria, a promoção e divulgação de textos relacionados ao martírio, aos santos mártires e, provavelmente influenciado pelo "corazón y sangre mexicana", aos mártires e soldados de Cristo Rey, aos CRISTEROS.
O que foi a chamada CRISTIADA? Quem foram, por que lutaram, qual sua história, quais os nomes dos beatos e santos mártires mexicanos chamados Cristeros?
 
Doravante, este blog se propõe por meio de traduções e divulgação de textos, notícias e artigos, a apresentá-los aos leitores brasileiros que provavelmente desconhecem a história gloriosa destes bravos soldados de Cristo.
 
Para introduzir o tema e aguçar a curiosidade dos leitores, segue abaixo o trailer de um filme que trata sobre o tema:
 
 
 
 
¡Qué viva Cristo Rey!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

REFLITA!!! Para os vocacionados e PARA TODOS OS CRISTÃOS!!!!

"HAVIA UMA PEDRA NO CAMINHO DE SANTIAGO"

Imagine que você chegou em Vigo na ancestral Galícia (ó ondas do mar de Vigo, vistes meu amigo?), a caminho de Santiago da Compostela pelo caminho convencional de Portugal. Você está fazendo tudo certinho, levando a caderneta dos carimbos, a concha, o cajado e a pedra de 20 kg (vamos assumir que nesta história um peregrino de Santiago deva levar uma pedra de 20 kg. Na vida real não precisa da pedra)

Enfim você chegou em Vigo cansado e arrebentado, aquela pedra na mochila estava te matando. Ai você chega num estalajadeiro e pergunta onde é o caminho. O estalajadeiro diz que você esta no caminho certo, no caminho A... mas que também há o caminho B que você poderia ir (vamos supor que existam dois caminhos portugueses para Santiago. Na vida real, de Portugal, só há um caminho).
Ai você fica encucado e pergunta qual a diferença entre os dois caminhos...


- Nenhuma, os dois dão em Santiago
- Mas este é mais curto, então??
- Não, os dois caminhos são iguais
- Ah, mas o outro caminho deve ter mais subida, deve cansar mais
- Não, não, são iguais em dificuldade do percurso
.- Perai, se são iguais em distância e dificuldade, qual a diferença entre este caminho A, este aqui, e o caminho B.
- Ora, señor, nenhuma... quer dizer, neste aqui você deve levar a pedra de 20kg...
- E no B?
- No B... não.
- E vou chegar lá igual?
- Igual
- Então porque raios estou me cansando no caminho A carregando esta pedra pesada?
- A pedra é parte do caminho A.
- Por que a diferença?
- Bem, é tradição do caminho A carregar a pedra. Pedro, Paulo, Antonio, Francisco, Tomas, Teresa, Inácio que andaram pelo caminho A levaram a pedra
- E o B nao?
- É... Martinho, o criador do caminho B, não carregou a pedra. Depois dele vieram Calvino, Zwinglio, Henrique da Inglaterra, Wesley, Willian...
- Então vá p/ PQP que não aguento mais esta pedra terrível e vou para o caminho B que chega igual
- Hum... não... fique no A, por favor...
- Por quê se estou me matando?
- Hum... o A é... o A é... o A é o A, sabe? Tem a pedra, chega igual ao B, mas o A é... muito bacana, sabe...
- Pro Inferno com o caminho A e sua pedra! Eu vou agora pelo B. Deve ter sido um bando de velhos sádicos e corcundas que criou esta regra sem sentido!

E você, o peregrino, atira bem longe a pedra...


Captaram, né? Santiago da Compostela é o Céu e a Salvação. O caminho A é o catolicismo. O caminho B é protestantismo. O peregrino é o vocacionado, e a pedra é o celibato/voto de castidade (e de obediência e de pobreza também, para quem o faz). O estalajadeiro é o orientador vocacional. Infelizmente, nos seminários, confundem ecumenismo com irenismo, aquela heresia que diz todas as religiões serem boas para salvação.


Então por que cargas d´água terá o pobre que deseja servir a Deus ser eivado de tantas obrigações se é tudo igual? Ninguém é católico porque acha linda a carinha de vovô fofinho dos nossos arcebispos. Não é a toa que seminaristas invejam os aspirantes a pastores. E tão poucos seguem o caminho. E se continuam seguindo depois do seminário, secretamente jogam a pedra no lodo e seguem a escola do bispo Lugo.

O final certo da nossa história dos dois caminhos é o seguinte, contada pelo estalajadeiro, que é nosso formador de padres:


- O caminho B diz que chega. Não duvido que alguns que tenham começado pelo B sem nunca terem ouvido falar do A cheguem por ele. Mas ele é muito sinuoso, mal sinalizado, você depende só da leitura de seus mapas para chegar lá, não tem placas indicando, os guias que estão por ele nunca concordam na direção, é fácil se desviar na floresta e ser devorado pelos lobos, ou nas montanhas cair num abismo. Dos que sairam da certeza do caminho A para as contradições do B, nunca ouvi falar de quem tenha chegado em Santiago. O caminho A é o caminho original que passaram todos. É plano e reto, há várias placas pelo caminho e todos os guias falam a mesma coisa. Não dá para se perder no caminho A, só se você mesmo decidir sair da estrada. Seguindo o caminho A, seguindo as placas e os guias, chega-se em Santiago com certeza. Há a pedra, é verdade, mas com um caminho tão leve, tão trilhado e tão rápido, você nem sente o peso da pedra, muito pelo contrário, quanto mais se avança parece que a pedra fica leve, leve e leve. Afinal, o próprio Jesus Cristo recomendou esta pedra, ele mesmo carregou ela e sabemos que seu jugo é suave. Finalmente, quando você chega em Santiago, verá a pedra se transformar em diamante puríssimo, que ficará numa coroa que será colocada na sua cabeça, quando você se sentar com Deus na Glória a direita do Apóstolo Tiago. Como diria Moisés, escolhe, pois a benção, e não a maldição!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SÃO MAXIMILIANO KOLBE

Caros leitores, devido a problemas técnicos não consegui fazer essa postagem no dia de sua festa litúrgica... me refiro a São Maximiliano Maria Kolbe, um dos patronos deste blog. Com este post iniciaremos o costume de postar sobre a vida dos santos patronos de nosso blog e, posteriormente, também sobre a vida de outros grandes santos, oferecendo assim a oportunidade para que os leitores conheçam e tomem como exemplo estes modelos de seguidores de Cristo.

Boa leitura:


Grande devoto de Maria Imaculada e seu ardoroso apóstolo, Frei Maximiliano foi encarcerado pelos nazistas num campo de concentração, onde deu a vida para ajudar outros a bem morrer

São Maximiliano Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1894 em Zdunska Wola (Polônia). Seus pais, Júlio e Mariana Dabrowska, eram pobres artesãos mas lídimos cristãos, devotíssimos da Virgem Maria. No batismo recebeu o nome de Raimundo. Teve quatro irmãos, dois falecidos muito novos.

O pequeno Raimundo era muito vivo e arteiro. Um dia em que a mãe o repreendeu mais veementemente por alguma falta, resolveu mudar de vida. Contará depois: "Nessa noite eu perguntei à Mãe de Deus o que seria de mim. Então Ela apareceu-me com duas coroas, uma branca, outra vermelha. Perguntou-me qual das duas eu escolheria. A branca significava que eu deveria preservar a pureza; e a vermelha, que me tornaria mártir. Escolhi as duas. A partir de então, profunda mudança operou-se em minha vida".

Em 1907, ele e seu irmão mais velho, Francisco, entraram para o seminário menor dos franciscanos em Lwow, onde recebeu o nome de Maximiliano. Foi depois enviado para o Colégio Seráfico Internacional, em Roma, cursando filosofia na Universidade Gregoriana.

Ao emitir os votos perpétuos em 1914, Maximiliano acrescentou ao seu o nome de Maria.

Milícia da Imaculada: converter os pecadores

No ano de 1917, a maçonaria mundial celebrava o segundo centenário de sua fundação, mediante comemorações principalmente em Roma. Grupos de exaltados carbonários desfilavam pelas ruas da Cidade Eterna, empunhando bandeiras negras com a figura de satanás em atitude de esmagar São Miguel Arcanjo.
Isso provocou a mais profunda indignação em Frei Maximiliano que, em contrapartida, fundou com seis de seus condiscípulos uma associação, a Milícia da Imaculada, com o fim de "converter pecadores, hereges e cismáticos, particularmente franco-maçons, e trazer todos os homens ao amor de Maria Imaculada".

Em abril de 1918 ele foi ordenado, e no ano seguinte, com uma bênção de Bento XV para a Milícia da Imaculada, voltou para a Polônia.

Em Cracóvia lecionou História Eclesiástica no seminário maior dos franciscanos. Em janeiro de 1922, começou a publicar o mensário "Rycerz Niepokalanej" (Cavaleiro da Imaculada). Era seu objetivo "iluminar a verdade e mostrar o verdadeiro caminho para a felicidade".

Nesse mesmo ano transferiu-se para Grodno, onde recebeu candidatos, na qualidade de irmãos leigos, para se dedicarem à boa imprensa.

A grandiosa obra Cidade de Maria

Em 1927 o Príncipe João Drucko-Lubecki cedeu-lhe um terreno perto de Varsóvia, onde os frades começaram a construir o que seria a Cidade da Imaculada. Essa obra gigantesca ,Frei Maximiliano a levou avante sem dinheiro, confiando somente em Nossa Senhora: "Dinheiro? Virá de um modo ou de outro. Maria proverá. Este é um negócio d'Ela e de seu Filho". E não foi decepcionado.
Nas novas instalações, a tiragem do "Cavaleiro da Imaculada" passaria de 5 mil exemplares mensais à impressionante cifra de 750 mil. Em 1935, iniciou também a publicação de um diário católico, "O Pequeno Diário", com tiragem de 137 mil exemplares, ampliada para 225 mil nos domingos e feriados. No dia 8 de dezembro de 1938, instalou na Cidade de Maria uma estação de rádio.

Mas não parou aí. Em 1939, a referida "cidade" contaria com 762 habitantes, sendo 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos leigos, 122 rapazes no seminário menor e 82 candidatos ao sacerdócio. Figuravam entre seus habitantes médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros, cozinheiros, e mesmo um corpo de bombeiros. Era inteiramente auto-suficiente.

O bem que fez toda essa organização foi enorme. Vigários de todas as partes do país constataram intenso reafervoramento da piedade na Polônia antes da Segunda Guerra Mundial, atribuída à literatura produzida por Frei Kolbe. Uma campanha contra o aborto, em 1938, pareceu despertar a consciência da nação. Mais de um milhão de pessoas alinharam-se então junto aos estandartes de Maria Imaculada.

Frei Maximiliano fundou também uma Cidade de Maria no Japão e publicou o "Cavaleiro da Imaculada" na língua do país. Tentou igualmente fundar outra na Índia, mas seus superiores chamaram-no de volta à Polônia antes de poder concretizar seu plano. De volta ao seu país, continuou suas atividades na Cidade de Maria.

Depois da segunda guerra mundial, os bispos da Polônia enviaram carta oficial à Santa Sé, afirmando que a revista de Frei Maximiliano Kolbe havia preparado a nação polonesa para suportar aquele conflito internacional e sobreviver aos seus horrores.

Sob o terror da ocupação nazista

No dia 13 de setembro de 1939, a Cidade de Maria foi ocupada pelos invasores alemães, e a maior parte de seus habitantes, entre eles Frei Maximiliano, foram deportados para a Alemanha, sendo libertos no fim desse ano.

Começou então a organizar abrigo para 3 mil refugiados de guerra. Os frades dividiam com eles tudo o que possuíam.

Na única edição do "Cavaleiro da Imaculada" que lhe foi permitido publicar durante a ocupação alemã, Frei Maximiliano afirmou: "Ninguém no mundo pode mudar a verdade. O que podemos e devemos fazer é procurá-la e servi-la quando a tenhamos encontrado. O conflito real de hoje é um conflito interno. Mais além dos exércitos de ocupação e das hecatombes dos campos de exterminação, há dois inimigos irreconciliáveis no mais profundo de cada alma: o bem e o mal, o pecado e o amor. De que nos adiantam vitórias nos campos de batalha, se somos derrotados no mais profundo de nossas almas?"

Isso provocou sua prisão, em fevereiro de 1941, sendo enviado ao cárcere de Pawiak, em Varsóvia, onde sofreu inúmeras injúrias.

O governador-substituto da prisão, Conrado Henlein, respondendo à pergunta de por que os alemães estavam exterminando o clero polonês, fez diante dos bispos poloneses esta afirmação: "Vocês, poloneses, têm esta mentalidade: a Igreja e a nação formam uma só coisa. Nós temos que acabar com isso. E é por essa razão que golpeamos uma vez a Igreja e outra vez o povo, para vos exterminar".

Em maio desse ano, Frei Maximiliano foi deportado para o campo de concentração de Óswiecim, cujo comandante Fritzsch, saudou sarcasticamente os recém-chegados, dizendo: "Aviso-vos que viestes não para um sanatório, mas para um campo de concentração alemão, do qual a única saída é o forno crematório".


Frei Maximiliano aproveitava todas as oportunidades para dar assistência religiosa aos seus compatriotas. Dizia-lhes: "Tende confiança na Imaculada. Ela vos há de ajudar a perseverar".

O verdadeiro amor: dar a vida por seu amigo

Em fins de julho de 1941, fugiu um prisioneiro do bloco em que estava Frei Maximiliano. Em punição, o comandante Fritzsch condenou à morte dez prisioneiros.

Um dos dez, Francisco Gajowniczek, começou a chorar desesperado: "Oh, minha pobre mulher, meus pobres filhos, eu não os verei mais"! Frei Maximiliano saiu da formação e se dirigiu ao comandante do campo, seguindo-se este diálogo:

O que você quer? – perguntou o alemão.

Quero morrer no lugar de um dos condenados.

Por quê?

Porque sou solteiro, e este homem tem esposa e filhos.

Qual a sua profissão?

Sou padre católico.

Aprovado.

Mas a razão dada por Frei Kolbe não era a única, ou talvez nem a principal que o levou a esse ato heróico de caridade. Queria assistir na terrível morte os outros nove prisioneiros. E foi o que fez.

Ele caminhou para o "bunker da fome" entoando sua prece preferida: "Permiti que eu vos louve, ó Virgem Sagrada. [...] Permiti que para Vós e só para Vós eu viva, trabalhe, sofra, me sacrifique e morra. Permiti que eu contribua, cada vez mais e ainda muito mais, para a vossa exaltação".

Na prisão subterrânea, onde faltava ar, alimento e água, ouviam-se orações, cânticos religiosos, o rosário recitado, o que contagiava os prisioneiros das celas vizinhas. Bruno Borgowiec, prisioneiro que servia de intérprete e auxiliar aos alemães, e que foi testemunha ocular dessa terrível agonia, declarou: "Eu tinha a impressão de estar numa igreja".

À medida que os prisioneiros se tornavam mais fracos, a oração passava a ser quase murmurada. Entrementes, um após outro iam morrendo, até que ficou só Frei Kolbe. Ele tinha um olhar vivo e penetrante, que seus verdugos não podiam suportar, de maneira que vociferavam: "Olha para o chão, não para nós". Quinze dias após seu internamento naquele bunker de horror, Frei Kolbe ainda continuava vivo. Foi-lhe então aplicada uma injeção de ácido carbólico na veia, que o matou.

Depois da guerra, jornais de todo o mundo trouxeram artigos sobre o "santo de nossos tempos", o "gigante na santidade". Biografias foram escritas, e por toda parte houve testemunhos de curas obtidas por sua intercessão. O que levou à sua beatificação em 1971 e subseqüente canonização em 1982.

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Obras consultadas:
Frei Juventino Mlodozeniec, Conheci o bem-aventurado Maximiliano Maria Kolbe –– exemplar mimeografado no Jardim da Imaculada, Missão Católica de São Maximiliano Kolbe, Cidade Ocidental, Goiás, 1980.

Pe. José Leite, S.J., S. Maximiliano Maria Kolbe, in Santos de Cada Dia, Editorial A. O., Braga, 1994, vol. II.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

"Quem procura acha"... A VERDADE! Famosa blogueira atéia converte-se ao catolicismo

Caros leitores, é com muita alegria que divulgo essa notícia (já amplamente divulgada em meios católicos da internet) sobre a conversão de Leah Libresco, famosa  blogueira atéia que, após anos em defesa do ateísmo acabou encontrando a verdade que tanto buscava.

"conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (São João, cap. 8 vers. 32)

¡Qué viva Cristo Rey!

 
Leah Libresco, blogueira americana atéia, anunciou em seu conhecido site a conversão ao catolicismo

Por Salvatore Cernuzio

ROMA, segunda-feira, 30 de julho de 2012 (ZENIT.org) – É uma história maravilhosa de conversão nos nossos dias, aquela de Leah Libresco, a popular blogueira americana atéia responsável do “Patheos Atheist Portal”.
No passado 18 de Junho uma postagem desta jovem filósofa, formada em Yale e colaboradora do Huffington Post, definitivamente chocou muitos seguidores – especialmente ateus – do seu blog, chegando rapidamente a todas as partes do mundo.

“Esta é a minha última postagem” anunciava dramaticamente o título do artigo, onde a blogueira declarava ter finalmente encontrado a resposta para aquela sua “moral interna” que até agora o ateísmo não conseguia satisfazer: o cristianismo. A resposta que durante anos Leah refutava e rejeitava com “explicações que buscam colocar a moralidade no mundo natural.”

“Durante anos eu tentei argumentar a origem da lei moral universal que reconhecia presente em mim” explicou a blogueira; uma moralidade “objetiva como a matemática e as leis da física”. Nesta busca contínua de respostas, Leah se refugiou, por exemplo, na filosofia ou na psicologia evolutiva.

“Eu não pensava que a resposta estivesse ali” admite, mas ao mesmo tempo “não podia mais esconder que o cristianismo demonstrava melhor do que qualquer outra filosofia aquilo que reconhecia já como verdadeiro: uma moral dentro de mim que o meu ateísmo, porém, não conseguia explicar”.

Os primeiros “sinais” de conversão vieram no dia de Domingo de Ramos, quando a blogueira participa de um debate com os alunos de Yale para explicar de onde deriva a lei moral. Durante a explicação, foi interrompida por um jovem que “buscava fazer-me pensar – como ela mesma lembra – pedindo-me para não repetir a explicação dos outros, mas para dizer o que eu pensava sobre isso”.

“Não sei, não tenho uma idéia” é a resposta da Leah diante de uma pergunta simples, mas inquietante. “A sua melhor hipótese?”, continuou o jovem, “não tenho uma”, ela responde.

“Terá talvez alguma idéia”, continua ele; “não o sei… mas acho que a moral tenha se apaixonado por mim ou algo parecido” tenta falar a filósofa, mas o rapaz neste momento diz-lhe o que pensava.
Refletindo, a mulher diz: “Percebi que, como ele, eu acreditava que a moral fosse objetiva, um dado independente da vontade humana”. Leah descobre portanto que também ela crê “numa ordem, que implica alguém que o tenha pensado” e “na existência da Verdade, na origem divina da moral”.

“Intuí – explica ainda – que a lei moral como a verdade pudesse ser uma pessoa. E a religião católica me oferecia a estrada mais razoável e simples para ver se a minha intuição era verdadeira, porque diz que a Verdade é vivente, que se fez homem.”

Pedindo depois àquele jovem o que lhe sugeria fazer, a filósofa atéia convicta, começa a rezar com ele a Completa no Livro dos salmos e continua “a fazê-lo sempre, também sozinha”.

Anos e anos de teorias, provas, convicções, desmoronados diante da única Verdade: Deus. Publicada no portal, a história de Leah provocou reações diversas e milhões de comentários. Basta pensar no fato de que tenha sido postada no Facebook 18 mil vezes e que a sua página web tenha recebido, segundo o diretor do blog, Dan Welch, cerca de 150 mil acessos.
Muitos comentários são acusadores, pessoas atéias que se sentem “traídas” por aquela que era para eles uma líder. Muitos outros, ao contrário, são de católicos que, como muitos não-crentes, seguiam o blog. Alguns expressam as suas felicitações e dizem: “Estou tão feliz por você. Rezei tanto. A aventura está apenas começando.”

Entrevistada pela CNN, a Libresco no entanto, confessou de ter ainda muito a entender e estudar sobre aquilo que sustenta a Igreja sobre questões de moral, como por exemplo a questão da homossexualidade que a deixa ainda “confusa”. “Mas não é um problema” afirmou, em quanto que tudo do que ela se convenceu “é razoável”.

Depois da conversão, a mulher procurou também uma comunidade católica, “escandalizando os amigos” mais incrédulos. “Se me perguntam como estou hoje respondo que estou feliz – diz a blogueira – o melhor período que você pode viver é quando você se dá conta de que quase tudo o que você pensava que era verdadeiro, na verdade era falso”.

Ainda à CNN, a blogueira contou que se sentia “renascida uma segunda vez”: “É ótimo participar da Missa e saber que ali está Deus feito carne – declarou – um fato que explica tantas outras coisas inexplicáveis”.

Neste ponto, a questão que mais causa curiosidade é o que fará Leah do seu popular blog ateu? Uma pergunta que tem assombrado a mesma autora todos os dias depois daquela fatídica tarde em Yale.

“Parar de escrever? – Diz na sua postagem – continuar em um estilo cripto-católico esperando que ninguém perceba (como fiz no último período)?” Após um exame demorado, a solução foi outra: “A partir de amanhã, o blog será chamado “Patheos Catholic channel “e será usado para discutir com os ateus convictos, como fazia antes com os católicos.

O motivo? “Se a pessoa é honesta – explica – não tem medo de entrar em diálogo. Eu recebi uma resposta sobre o que buscava porque aceitei colocar-me em diálogo. O interessante de muitos ateus é que fazem críticas e pedem provas. Uma coisa utilíssima à Igreja, que não deve ter medo porque está do lado dos fatos e da razão”.

Incentivo, finalmente, conclui a postagem, quase uma despedida da Libresco aos seus muitos leitores ateus: “Quaisquer que sejam suas crenças religiosas parar e pensar naquilo que você crê é uma boa ideia e se assim compreende que há algo que te obriga a mudar de ideia, não tenha medo e lembre-se que a tua decisão pode somente melhorar a tua visão das coisas”.

[Tradução do Italiano por Thácio Siqueira]

FONTE

terça-feira, 7 de agosto de 2012

MORRER POR CRISTO! O que importa é o amor? - caso ASIA BIBI

"Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem" (São Lucas: cap. 6 vers. 22)

Vivemos em tempos de relativismo religioso, fé morna, ignorância doutrinal ou mesmo ignorância generalizada sobre as coisas espirituais... Mas por outro lado, vivemos na época do amor!!!!!!

Quem nunca presenciou, após alguém mostrar-se contrário a algum dos episódios protagonizados pela causa homosexual (como o "casamento gay" ou a adoção de uma criança por um "casal" homosexual) um outro alguém mais  "compreensivo" e "mente aberta" responder-lhe: "Deixe-os ser felizes, o importante é o amor!"

Ou então, em meio a um debate religioso entre adeptos de duas religioes distintas, um terceiro intrometer-se dizendo: "parem de discutir, não importa a religião, todas são iguais, o que mais importa é o amor!"

Como é bom vivermos na época do amor, não é mesmo?

Ou melhor, pensando bem.... será que vivemos na época do amor?

Enquanto as pessoas pensam dessa forma - em grande parte, as que se denominam católicas - o nosso mundo, outrora fortemente influenciado pelos princípios e ditames cristãos, hoje se vê em completa decadência moral e religiosa... A Fé verdadeira não é vivenciada, ou melhor, sequer é conhecida e quando não, deturpada.

Diante de qualquer indício de esforço, busca pela verdade, aprofundamento das verdades da Fé, sempre vem um "pacifista" e "iluminado" repreendendo tal atitude para, em seguida impor a máxima: "Não importa a fé, crença, doutrina ou religião que se queira seguir, o que importa é o amor".

Amor, que amor? Será que o "amor" apresentado pela mídia e pelos cabeças pensantes da sociedade atual corresponde ao verdadeiro Amor?

Ao Amor transmitido por Deus aos seus filhos? Ao Amor de Deus que se fez homem por Amor e que também por Amor morreu para perdão dos nossos pecados e para a nossa salvação eterna?

Creio que não!

Enquanto "pras bandas de cá católicos melosos dizem que o "importante é o amor" (este amor açucarado que não corresponde ao verdadeiro Amor) no Paquistão nossa irmã nos dá provas do verdadeiro Amor, aquele que tudo suporta (1 Coríntios cap. 13 vers. 7).

Amor à verdadeira Fé, Amor à Nosso Senhor Jesus Cristo, se necessário, oferecendo a vida para não renunciar a este AMOR!

¡Qué viva Cristo Rey!

"Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem" (São Lucas: cap. 6 vers. 22)

Leiam abaixo sobre o caso Asia Bibi:

Asia Bibi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Asia Noreen (urdu: آسیہ نو رین), mais conhecida como Asia Bibi (urdu: آسیہ بی بی), nascida entre 1964 e 1971, e casada com Ashiq Masih, é uma mulher católica paquistanesa com cinco filhos. Foi condenada em 8 de Novembro de 2010 à forca, por uma corte Nankana Sahib, pelo delito de blasfêmia contra o profeta Maomé, ainda que o veredito precise ser confirmado por um tribunal superior. Ela tem recebido atenção mundial, já que é condenada por ser cristã e não quer converter-se ao Islão. No Paquistão, assim como em outros países islâmicos, a lei sobre a blasfêmia é utilizada "para resolver questões que são pessoais".

O caso

O caso Asia Bibi apareceu na mídia em Novembro de 2009. No mês de Junho daquele ano, Bibi, que é uma camponesa, foi enviada para buscar água, enquanto trabalhava em um campo. Diante disso, outras mulheres, muçulmanas, protestaram. Por ela não ser muçulmana, ela contaminaria o recipiente da água e o tornaria impuro. Exigiram que ela abandonasse sua fé cristã e se convertesse ao Islão. Ela se negou.
Em sua defesa, respondeu a suas companheiras de trabalho que "Cristo morreu na cruz pelos pecados da humanidade"; e perguntou àquelas mulheres o que Maomé havia feito por elas. Ao ouvirem tais palavras, recorreram ao imame local, esposo de uma delas, quem a denunciou à polícia pelo delito de blasfêmia. O artigo 295 do Código Penal do Paquistão determina pena de morte para quem blasfemar contra o Profeta do Islão.
O juiz, Naveed Iqbal, quem a condenou à morte, ofereceu-lhe a liberdade em troca dela se converter ao Islão. Asia respondeu que preferiria morrer como cristã a sair da prisão como uma mulçumana. E ainda disse a seu advogado: "Tenho sido julgada por ser cristã. Creio em Deus e em seu enorme amor. Se o juiz me condenou à morte por amar a Deus, estarei orgulhosa de sacrificar minha vida por Ele".
Medidas de segurança foram tomadas para proteger Asia Bibi na prisão de Shekhupura. O cerco de Lahore foi reforçado depois da operação militar que matou Osama bin Laden. Asia permanece isolada e cozinha sua própria comida para evitar ser envenenada.

Resposta internacional

Grupos cristãos, católicos e evangélicos (protestantes), trabalham para tentar evitar a morte da inocente. Os bispos do Paquistão pediram ao Papa que ele intermediasse o conflito. Bento XVI pediu o indulto para Noreen. Ela reconheceu e declarou se sentir "honrada", que "é um privilégio saber que ele falou por ela, e que ele tem acompanhado seu caso pessoalmente" e que espera "viver o suficiente para agradece-lo em pessoa".

Possível perdão

É possível que o pedido de clemência seja acatado pelo Supremo Tribunal. Contudo, o imame local ameaçou dizendo que se ela for perdoada ou posta em liberdade, algumas pessoas "farão justiça com as próprias mãos". A jovem cristã sublinhou que, mesmo se o Tribunal declarasse sua inocência, ela "não sobreviveria", por que "os extremistas não a deixariam em paz nunca" (nem a ela nem à sua família).

Bhatti e Taseer deram a vida

Em 4 de Janeiro de 2011, no Mercado Kohsar de Islamabad, o Governador de Punjab, Salman Taseer, foi assassinado por membro de seu time de segurança, Malik Mumtaz Hussein Qadri, por que defendia Noreen e era contra a lei de blasfêmia. Taseer havia exposto sua crítica à lei e ao veredicto do caso Asia Bibi. No outro dia, milhares de pessoas estavam em seu funeral, em Lahore, apesar das advertências do Talibã e de alguns clérigos. Milhares de muçulmanos também se reuniram em apoio à lei blasfêmia, após o assassinato.
O Ministro dos Negócios das Minorias, Shahbaz Bhatti, único cristão membro do gabinete do Paquistão, também foi assassinado, em 2 de Março de 2011, por causa de sua posição a respeito das leis de blasfêmia. Ele foi morto a tiros, por homens armados que emboscaram seu automóvel perto de sua residência, em Islamabad.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

País católico? Chico Xavier é semifinalista de concurso do SBT.

Para Reflexão...
Eu sei que nem todos dão importância para este concurso que o SBT está promovendo, tentando eleger a personalidade que seria “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”. No entanto, é digno de nota que, no “maior país católico do mundo” (com as ressalvas que todos já conhecem bem), o médium espírita Francisco Cândido Xavier venceu, com 50,5% dos votos, a bem-aventurada Irmã Dulce dos pobres. O resultado da primeira eliminatória da competição foi divulgado nesta quarta-feira (1º).
Antes de qualquer coisa, é sempre bom lembrar o óbvio: independente desta ou de qualquer votação, os bem-aventurados – ou seja, aqueles que estão no Céu, contemplando a face do Altíssimo -, estes são os maiores em todos os sentidos. Alcançaram a coroa da glória, conquistaram o prêmio imperecível, atingiram o fim ao qual todos os homens são chamados.

Façamos, à luz disto, um paralelo. Irmã Dulce, em vida, foi fiel ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, ornou sua alma com a virtude da fé, e foi elevada aos altares especialmente por seu exemplo de dedicação e amor aos pobres. Esta santa mulher viveu a caridade e foi beatificada pela Igreja Católica; ou seja, a Igreja reconheceu que a Irmã Dulce goza da visão beatífica, sendo, assim, uma intercessora fiel dos homens junto a Deus. Chico Xavier, por outro lado, era espírita, não aceitava sequer a divindade de Jesus, era constantemente procurado por sua fama de evocar os mortos – prática severamente proibida por Deus já no Antigo Testamento (cf. Lv 19, 31; 20, 27). Ou seja, trazia às pessoas um suposto “conforto”, desobedecendo, antes, à lei de Deus: “Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo (…) ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas” (Dt 18, 10-12). Colocando o “anjo bom da Bahia” ao lado de Chico Xavier, percebemos a enorme discrepância entre os dois. É praticamente um abismo – muito provavelmente o mesmo abismo que separava o pobre Lázaro do rico epulão.
Sim, mas e a “caridade” praticada pelo médium mineiro? Afinal – poderiam indagar alguns –, lembrando São Tiago, “a fé sem obras é morta” (Tg 2, 26)… Sim, é verdade. A fé sem obras é morta. Mas, do mesmo modo, de nada valem as obras, sem a fé. Como explicou muito acertadamente o frei Boaventura Kloppenburg,
“É sem dúvida certo: sem a caridade cristã, não há salvação; e quem não tiver a caridade, não é verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. E a Igreja seguramente não rejeita o espiritismo por causa deste princípio. A Igreja Católica tem sido sempre e ainda hoje continua sendo a pregoeira máxima da caridade cristã. (…) O erro dos espíritas não consiste na pregação da caridade (nisso, pelo contrário, eles são dignos de aplauso e louvor); seu erro está em dizer que basta a caridade somente. Jesus Cristo nunca ensinou isso. Pois Jesus, o evangelista da caridade, foi também o evangelista da fé.”
“Jesus, o evangelista da caridade, foi também o evangelista da fé.” Nem todos os católicos se importam com este fato relevante. Renunciam, então, à veneração de uma religiosa autenticamente católica, para prestar culto a um homem que sequer acreditava nos princípios mais basilares da fé cristã – como a fé na Trindade ou na infalibilidade das Escrituras. Foi graças a estes católicos – que preferem o sincretismo a obedecer a doutrina de sua Igreja – que Chico Xavier venceu esta competição. É graças a estes cristãos self-service – que escolhem seguir os preceitos evangélicos que lhe agradam – que um líder espírita é mais popular que um Frei Galvão ou que uma Beata Irmã Dulce dos pobres. É forçoso reconhecer, mas a história de que somos a nação “mais católica do mundo” não passa de uma grande farsa. Estamos mais para a nação mais incoerente, ou mais hipócrita.
Graça e paz.

Fonte: Ecclesia Una