"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

BENTO XVI renuncia. Terá sido o primeiro?


PAPAS que renunciaram à Cátedra de São Pedro:

SÃO PONCIANO
O Papa Ponciano foi o primeiro Bispo de Roma, na história da Igreja que não permaneceu no trono de São Pedro até seu falecimento, já que abdicou em 28 de setembro de 235.
 
Confirmou a condenação que Demétrio de Alexandria lançou sobre os textos de Orígenes sobre a Resurreição e ordenou que os Salmos fossem cantados nas igrejas, além da recitação do Confiteor antes de morrer e o uso da saudação Dóminus vobiscum (‘o Senhor esteja convosco’).
 
Pouco despois de sua renúncia ao Pontificado, Ponciano foi martirizado sendo açoitado até a morte, tendo seu corpo trasladado à Roma onde foi depositado nas Catacumbas de São Calixto.




SÃO PEDRO CELESTINO (CELESTINO V)
Entrou para a Ordem beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu, então, o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas.

Em 1251, fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente, a aprovação do papa Leão IX, em 1273.

Em 1292, morreu o papa Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais.

Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, e não sentindo apto para o cargo, renunciou à cátedra de São Pedro.Foi sucedido pelo Papa Bonifácio VIII. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou, humildemente, ficar prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.

GREGÓRIO XII
Foi eleito Papa em 19 de dezembro de 1406, aos oitenta anos de idade. Viveu o período do Grande Cisma do Ocidente quando chegou a haver 3 "Papas" (na verdade apenas UM Papa e 2 anti-papas). Após ter sido confirmado  legítimo sucessor de Pedro, o Santo Padre Gregório XII, tempos depois, renunciou à cátedra no dia 14 de julho de 1415.






BENTO XVI
Hoje recebemos a notícia da renúncia do Santo Padre, o Papa Bento XVI. Confesso que tive a sensação de me haver tornado órfão. É uma mistura de medo, insegurança, perplexidade, enfim, confesso que me sinto um tanto "perdido".

Ouvimos as justificativas relacionadas à idade avançada e ao cansaço do Santo Padre. Observo, porém, que fonte segura indicou meses antes dessa renúncia, que o Santo Padre poderia renunciar e que um dos motivos seria não o cansaço referente à idade mas ao fato de sentir-se não apoiado pelos seus, por aqueles que estão ao seu redor mas que dificultam de todas as formas o seu pontificado.
 
Como exemplo posso citar a aplicação do Motu Propio Summorum Pontificum. De fato, quantos não o criticaram e mesmo o contrariaram dificultando de todas as formas a aplicação de tal documento (me refiro ao clero, grande número de Cardeais, Arcebispos, Bispos e Padres). Quantos de nós, "católicos comuns", também não o dificultamos e pior, quantos de nós (a grande maioria dos católicos) sequer ouvimos falar de tal documento...
 
Quantos por todo o mundo se dizem católicos mas se dão o direito de ignorar os ensinamentos do Santo Padre, selecionando somente aquilo que lhes interessa... Quantos vêem o Santo Padre como mero figurante, um velhinho de cabelos brancos que reside no vaticano e que na teoria "representa" a nós católicos, mas que na prática não tem muita serventia para a "igreja latinoamericana"... Quantos?
 
Por outro lado não podemos nos esquecer das palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a Igreja quando nos prometeu que "...as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (São Mateus, cap. 16 vers.18) e ao dizer que "Eis que estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo" (São Mateus cap. 28, vers. 20).
 
Eu como pobre pecador sou levado a tais sentimentos (insegurança, medo) mas como cristão católico devo confiar em Deus e nas promessas de Nosso Senhor, reconhecendo o gesto do Santo Padre, digno de um Grande Papa e orando e jejuando a fim de Deus Nosso Senhor se compadeça de sua Igreja e nos mande um Santo Papa digno de suceder ao Grande Bento XVI.
 
Finalizo com o comentário do José Pepe retirado do site Cigueña de La Torre que dispensa acréscimos de minha parte:
 
Viva o Papa!
 
"Certamente lendo à alguns dos comentários, queridos amigos comentaristas, parece que Bento XVI faleceu ou morrerá no dia 28 deste mês. E não é assim, como todos sabemos. Ainda que seja assim de certa forma porque desaparece Bento XVI, ainda assim segue vivo Joseph A. Ratzinger. Ele diz que se retirará em oração, são palavras suas no comunicado de hoje. Apesar da imensa tristeza que venho sentindo desde a manhã de hoje, como diz Jaimepb e outros, as orações deste homem, que foi Papa, e ainda continua sendo durante todo este mês, um grande, um grandeoso Papa, serão escutadas por Deus, levadas como incenso por seus anjos ao Trono do Pai."

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