"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

QUEM QUER MODERNIZAR A IGREJA?



Após a renúncia do Santo Padre o Papa Bento XVI ao Ministério Petrino, "especialistas" não cessam de "pitaquear" sobre o futuro da Igreja e, principalmente, sobre como o próximo Papa deve governá-la. Dentre as principais observações de tais "especialistas" e representantes da mídia, podemos destacar o quase consenso de que a Igreja deve ser modernizada, adaptada ao mundo moderno.
 
Triste é observarmos que mesmo católicos, ou melhor, "católicos", também expressam esse tipo de opinião. Curioso que estes mesmos "católicos" normalmente só vão à Igreja em casamentos, batizados ou Missas de 7º dia. Em momentos como o de um novo Conclave, lembram-se de que são católicos e por isso se vêem aptos à opinar sobre o futuro da Igreja, a exemplo do folião brasileiro entrevistado pelo New York Times (AQUI) que espera que o próximo Papa modernize a Igreja e que mude a postura da Igreja Católica com relação aos preservativos (para que quem sabe assim ele e outros "católicos" possam "aproveitar melhor" o carnaval sem peso na consciência).
 
Há também os que frequentam a Igreja, muitas vezes até participando de "ministérios/pastorais disso ou daquilo" mas que no dia a dia fingem não ser católicos, não se opondo e mesmo apoiando a todos os dogmas do mundo moderno. São católicos somente quando lhes convém, como certa vez foi dito do ex presidente Lula: "católico à sua maneira". Escolhem somente aqueles pontos do catolicismo que não contrariem a "grande sabedoria dos gênios" do mundo atual ou a opinião pública de forma geral. Acreditam que ser católico é apenas ir à Igreja "mexer o esqueleto", cantar músicas melosas e  comungar, na maioria dos casos, sacrílegamente, pois muitos sequer recorrem ao Sacramento da Confissão. Ao voltar à rotina diária, conformam-se à tudo aquilo que o mundo moderno nos propõe. Não buscam e nem querem buscar conhecer aquilo que a Igreja ensina, aquilo que professa a Doutrina Católica e que todo católico está obrigado a crer, ou pior, ao conhecer o que realmente é doutrina católica, muitas vezes por ser contrári aos achismos e opiniões que já possui, acaba por não aceitá-la ou ignorá-la. E ainda assim acredita que é católico.
 
Esses são os católicos que querem mudar a Igreja...
 
Para finalizar, trago abaixo uma excelente reflexão sobre os que querem "modernizar" a Igreja.

¡Viva Cristo Rey!
José Santiago Lima


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Tiago Bana Franco
 
Quem quer modernizar a Igreja?


Com a renúncia de Bento XVI, inicia-se novamente a cantilena sobre quem haveria de comandar a Igreja para modernizá-la. Quem seria capaz de tirar a Igreja das trevas medievais em que viveria e conduzi-la à luz? A quem incumbiria a missão de aproximá-la, de fazer com que essa Igreja de dois mil anos finalmente se encontre com o mundo moderno?
A pergunta que se deve fazer, no entanto, é outra. Bem diferente. Ei-la: Quem quer modernizar a Igreja?

São sempre as mesmas pessoas que querem modernizar a Igreja, aproximando-a do mundo, mundanizando-a. São as que estão fora dela. De fato, nenhum católico pretende ver alterados os fundamentos de sua fé, aqueles mesmos construídos sobre o pescador Simão, a quem Jesus disse: Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja (Mt. 16:18). E prova maior de que os católicos não querem uma Igreja voltada para o mundo foi a eleição de Bento XVI, num dos conclaves mais céleres da história.
 
A Igreja Católica, edificada por Jesus sobre os ombros de Pedro, tem a convicção de que porta a verdade sobre a revelação divina, encarnada que foi no próprio Cristo, em razão da Tradição herdada diretamente dos apóstolos, de modo que sua missão é levar o evangelho a todos, para a salvação de muitos.
 
E é claro que a revelação divina não agrada ao mundo, não agrada aos que aceitam o divórcio, aos que abortam ou toleram o infanticídio, aos que querem assemelhar o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo ao casamento, não agrada aos que protegem ovos de tartaruga mas permitem a destruição de seres humanos embrionários em nome da ciência.
 
São essas pessoas que querem achegar a Igreja ao mundo, para que vejam, ao fim e ao cabo, a fumaça de Satanás ofuscar o altar em que Cristo é sacrificado.
 
O que resta, quando se escutam pessoas assim, é saber que a Igreja está no caminho certo quando dá as costas ao mundo moderno (como nas missas em que o padre se põe de costas para o povo, voltando sua face exclusivamente para Deus); mesmo porque o mundo haveria de tomar a Igreja como luzeiro, e não o contrário.
 

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