"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sábado, 31 de agosto de 2013

1º PAPA: São Pedro - ano 33 à 67

Iniciamos com esta a série de postagens que visa trazer uma breve biografia dos Papas da Santa Igreja Católica, desde o Príncipe dos Apóstolos, São Pedro, até o Sumo Pontífice atual, Sua Santidade o Papa Francisco I.

São Pedro (1º Papa)
Pontificado: do ano 33 ao ano 67

 
 
Inicialmente um pobre pescador da Galiléia nascido em Betsaida, às margens do rio Jordão, junto ao lago de Genesaré, se tornou discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo. É conhecido como o Príncipe dos Apóstolos e, junto com Paulo, fundou a Sé Episcopal de Roma. Ignora-se a precisa data de seu nascimento e as principais fontes de informação sobre sua vida são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), onde aparece com destaque em todas as narrativas evangélicas, os Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo e as duas epístolas de sua própria autoria.
 
Filho de Jonas, da tribo de Neftali, e irmão do apóstolo André, seu nome original era Simão e na época de seu encontro com Cristo morava em Cafarnaum, com a família da mulher (Lc 4,38-39).
 
Pescador, tal como os apóstolos Tiago e João, trabalhava com o irmão e o pai e foi apresentado a Nosso Senho Jesus Cristo em Betânia, por seu irmão que já era discípulo de São João Batista e lá tinha ido conhecer o Cristo, por indicação de São João. No primeiro encontro N. S. Jesus Cristo o chamou de Cefas, que significava pedra em aramaico, determinando assim, ser ele o apóstolo escolhido para liderar os primeiros propagadores da fé cristã pelo mundo.
 
Nosso Senhor Jesus Cristo, além de mudar-lhe o nome, o escolheu como chefe da cristandade aqui na terra:

 
 
"E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.” (São Mateus, cap. 16, vers. 16 a 18).
 
Nosso Senhor Jesus Cristo mudou o nome de Simão para Kephas. Nosso Senhor o fez em aramaico, onde Kephas significa pedra e pedro, numa única e mesma palavra, como em francês Pierre é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra, ou mesmo em espanhol onde Roca é um sobrenome bastante comum e também o que chamamos rocha.
Nosso Senhor agiu da mesma forma como sempre havia agido Deus quando escolheu a outros na história da salvação: mudando-lhes o nome para que o este exprimisse o papel especial que doravante deveria desempenhar. Foi assim com Abrão que teve seu nome mudado para Abraão (Gn 17, 5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos, ou Jacob que se tornou Israel (Gn 32, 28) para significar a “aquele que luta com Deus", recordando o episódio da luta com o Anjo. Da mesma forma, Nosso Senhor Jesus Cristo mudou o nome de Simão em Pedro, sobre a qual estará fundada a Igreja que tem o próprio Cristo como construtor e cabeça.

Noutras palavras, Nosso Senhor Jesus Cristo anuncia, entre outras coisas: que Pedro é a rocha inabalável, que serve de fundamento à Igreja; na mesma recebe o supremo poder e a ela são entregues as chaves do céu.
 
Convertido, despontou como líder dos doze apóstolos e foi o primeiro a perceber em Jesus o filho de Deus. Junto com seu irmão e os irmãos Tiago e João Evangelista, fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze, participando dos mais importante milagres do Mestre sobre a terra. 
 
Teve, também, seus momentos controvertidos, como quando usou a espada para defender Jesus cortando a orelha de Malco, ou na passagem onde negou a Nosso Senhor por 3 vezes, assim como momentos de consagração, pois foi a ele que Cristo apareceu pela primeira vez depois de ressuscitar.

Depois da gloriosa Ressurreição, da pesca milagrosa, do repasto misterioso na praia do lago Genesaré, Nosso Senhor Jesus Cristo  dirigiu-se a Pedro, perguntando-lhe:

"Simão, filho de Jonas, amas-me mais que estes?" Ele respondeu: "Sim, Senhor, sabeis que vos amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta os meus cordeiros". (Jo. 21,16 - 17).

Com estas palavras Pedro foi pelo divino Mestre instituído pastor do seu rebanho.
 

Assim São Pedro o compreendeu, e pelos Apóstolos foi reconhecido Chefe da Igreja. Logo depois da Ascensão de Jesus Cristo, Pedro propôs a eleição de um substituto de Judas. Na festa de Pentecostes, Pedro tomou a palavra e falou com tanta convicção e tanto poder, que no mesmo dia três mil judeus pediram o batismo. Foi Pedro também o primeiro que com grandes milagres confirmou a verdade da fé, que pregava. Ao pobre paralítico que, sentado na porta do templo, lhe pediu esmola, disse o Apóstolo: "Prata e ouro não possuo, mas o que tenho te dou: Em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda".

No mesmo momento o paralítico se levantou e andou. Além destes Pedro operou ainda muitos milagres. Doentes que lhe tocavam a orla do manto, ou se lhe colocavam na sombra, ficaram curados. As autoridades do templo quiseram proibir a Pedro a pregação da nova doutrina. Este, porém, respondeu: "É preciso obedecer a Deus de preferência aos homens". Assim, Pedro pregou o Evangelho com toda a franqueza, não temendo cárcere e açoites. Foi também o primeiro dos Apóstolos que pregou aos gentios, como prova a conversão de Cornélio.

É difícil resumir em poucas palavras o que o grande Apóstolo fez pela propagação da santa fé. Atravessou toda a Palestina, pregou e fez milagres estupendos, onde quer que chegasse. Curou instantaneamente a Enéas da paralisia, de que sofria havia oito anos; chamou à vida a Tabitha, ordenou sacerdotes e sagrou bispos. Fixou residência em Antioquia, daí surgindo a Sé Episcopal da qual foi Bispo e onde permaneceu durante sete anos. Preso por ordem de Herodes em Jerusalém, foi por um anjo libertado da prisão. Depois disto se dirigiu a Roma, a sede da idolatria. De lá mandou missionários para a França, Espanha, Sicília e Alemanha. Nove anos depois, sendo expulso de Roma, voltou a Jerusalém, onde pouco tempo ficou, para procurar outra vez a capital do império. Em Roma vivia um grande feiticeiro chamado Simão (Simão Mago). Tendo muito prestígio entre os romanos e sendo protegido de Nero, marcou um dia em que, para comprovar a verdade da sua doutrina, diante de todo o povo ia elevar-se ao céu. Chegou o dia determinado e Simão de fato subiu aos ares. Pedro fez um exorcismo ordenando aos maus espíritos que se afastassem, e Simão caiu de uma altura considerável, fraturando as pernas. Este fato abriu os olhos a muitos, que em seguida vieram lhe pedir o Sacramento do Batismo. Mas serviu este fato também para que se desencadeasse uma furiosa tempestade contra a jovem Igreja.

O Imperador Nero atiçava as paixões contra os cristãos. Pedro conservara-se algum tempo escondido da sanha do tirano e projetara a fuga de Roma. Saindo da cidade - segundo a tradição  - teve uma visão. Viu diante de si o divino Mestre. "Senhor, para onde ides?" perguntou-lhe o Apóstolo. " A Roma, para ser crucificado outra vez", respondeu Jesus. Pedro compreendeu o sentido das palavras e voltou para trás. Foi preso e levado ao cárcere mamertino, onde se achava também São Paulo.

A prisão durou oito meses. Nesse meio tempo, São Pedro converteu os carcereiros Martiniano e Processo, que, com mais quarenta e oito neo-cristãos, sofreram o martírio. Escreveu duas Epístolas,que são as primeiras cartas pastorais dirigidas à Cristandade.

Condenado à morte, São Pedro foi, como o divino Mestre, cruelmente açoitado e em seguida levado à colina vaticana para ser crucificado. Estando tudo pronto para a execução, São Pedro pediu aos algozes que o pregassem na cruz com a cabeça para baixo, porque se achava indigno de morrer como o divino Mestre.


 
Assim morreu o primeiro Papa da Igreja Católica. No lugar do suplício foi mais tarde edificada a Basílica de São Pedro. Os restos mortais do Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa se acham na mesma Basílica, sob o altar principal.


Túmulo de São Pedro
 
Glorioso príncipe dos Apóstolos São Pedro Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!
   

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Este texto, assim como todos os das postagens sobre a história dos papas, serão retirados das seguintes fontes: Biografias dos Papas e Página Oriente.

Serão publicados após breve revisão e acrescimos de nosso blog.

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