"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

BRASIL: Cai o número de "fiéis" católicos, aumenta o número de protestantes - parte 2 - expondo o problema

Caros leitores, publicamos agora a continuação da postagem sobre a queda do número de "fiéis" católicos e aumento do número de protestantes no Brasil.
É do conhecimento de todos ou ao menos deveria ser que tais "pesquisas oficiais de organismos oficiais" como é o caso da pesquisa do IBGE são fortemente tendenciosos, sobretudo quando se trata de catolicismo, uma vez que mídia, governo e expoentes da sociedade moderna são visivelmente anti católicos. No entanto não iremos questionar a veracidade numérica de tal pesquisa, até porque, como dissemos na postagem anterior a queda do número de "católicos" e as "conversões à religião evangélica" foram, são ou serão presenciadas por todos nós em algum momento de nossas vidas.
Antes de entrar no problema da queda do número de "fiéis" católicos, vale explicar um ponto da pesquisa que se melhor entendido, demonstra imprecisão numa das afirmações presentes em seu resultado: O "aumento do número de evangélicos".
Ao afirmar que 22,2% dos brasileiros são "evangélicos", somos levados a crer que existe uma religião "evangélica", quando na verdade membros de 50.000 religiões diferentes em todo o mundo se declaram "evangélicos". No Brasil a situação não é diferente: assembleianos se declaram evangélicos, congregacionistas se declaram evangélicos, presbiterianos se declaram evangélicos, adventistas do sétimo dia se declaram evangélicos, fiéis da "Bola de Neve" se declaram evangélicos e o mesmo ocorre com outros tantos etc´s (pra mais de 50 mil)... Só que na verdade pertencem à religiões diferentes, sendo que um fiel da "Deus é Amor" jamais poderá frequentar uma reunião das "Testemunhas de Jeová" assim como um fiel da "Igreja do Evangelho Quadrangular" não será aceito na "Congregação Cristã no Brasil" ao menos que se converta. E o que dizer dos seguidores de fanfarrões como "pEdir Macedo" e "Valdemiro $antiago" e suas "Univer$al do Reino de Deu$" e "Mundial do Poder de Deu$" que foram consideradas SEITAS pela Igreja Presbiteriana do Brasil. O único elemento comum a todas as religiões surgidas do protestantismo é a Bíblia e mesmo ela não é exatamente idêntica nesse universo pluralíssimo.
Portanto, para que possamos tratar da diminuição do número de "fiéis" católicos antes devemos compreender que NÃO HÁ religião evangélica e que o que realmente está acontecendo é um aumento no número de fiéis nas milhares de religiões advindas da revolta protestante. Ponto!


Passemos agora ao problema da queda do número de fiéis católicos. Primeiramente devo explicar as aspas postas em palavras como fiel e católico no decorrer do texto. Se realmente os brasileiros citados na pesquisa do IBGE fossem fiéis católicos jamais abandonariam a Sã Doutrina para buscar soluções em outras religiões. Em outras palavras, se tivessem sequer noção do que realmente significa a religião católica e o "ser católico", jamais se afastariam do catolicismo assim como alguém que estivesse sobre uma sólida ponte em sã consciência jamais se atiraria ao abismo.
Mas então qual a raiz do problema?
Se observarmos os dados apresentados pela pesquisa, ou melhor, se observarmos a sociedade à nossa volta veremos claramente que a religião católica  já não possui a mesma influência de décadas atrás, assim como os que se dizem católicos não possuem o mesmo conhecimento e convicção de estar professando a religião verdadeira. Como exemplo para a segunda constatação, cito minha falecida avó: semi analfabeta, vivia no sertão pernambucano e era católica tão convicta que sequer permitia a seus filhos e netos ouvir pregações protestantes por ter certeza de que ao fazer isso estariam pecando. E sobre doutrina católica, em sua simplicidade conhecia mais verdades de fé do que muitos padres atuais... Essa constatação pode ser confirmada pelos resultados da pesquisa: em 1940, 95% católicos, em 2010, 64%...
Ok, ok, sabemos que a sociedade mudou e que o mundo moderno é extremamente ostil para com a Religião Católica. Mas somente essa postura do mundo seria suficiente para justificar o êxodo de católicos para religiões protestantes? NÃO! Desde a década de 60, após o Concílio Vaticano II, por coinscidência (ou não) o Brasil assim como grande parte do mundo deixou de ser um país católico passando a ser apenas um país com tradição católica.
Atualmente essa migração de "católicos" para religiões protestantes pode ser explicada pela seguinte verdade: essas pessoas JAMAIS foram católicas. Ou mantinham certos costumes do catolicismo (como batizar os filhos ou casar-se na Igreja, algo também "fora de moda") ou realmente pensavam ser católicos mesmo que isso não correspondesse à realidade. Em suma, a Religião Católica não perdeu fiéis para outras religiões, posto que estes "convertidos" não eram católicos, sequer conheciam o que é a religião católica. O que realmente aconteceu foi a diminuição dos católicos. 
As antigas gerações católicas foram se extinguindo com o passar do tempo e as novas gerações de brasileiros, infelizmente não mais evangelizados, cresceram isentos de qualquer presença de catolicismo verdadeiro. Outros tantos dentre estes "convertidos", crentes de conhecerem e professarem a religião católica, na verdade conheciam e professavam o que não passava de um simulacro, uma caricatura de religião católica.
Enquanto o Verdadeiro Catolicismo, única religião de Deus Verdadeiro e única que pode conduzir o homem à eterna salvação de sua alma é desconhecido, o cidadão privado deste conhecimento torna-se presa fácil de religiões que oferecem dinheiro, curas milagrosas, fama, sucesso, etc...
O que podemos fazer? O que deve fazer a Igreja? O que nós leigos podemos fazer?

Deixemos para o próximo post...

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