"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Já na UTI, querem manter ligada aos aparelhos a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Se a Igreja de Cristo é atacada ou tem seu lugar usurpado por diversos inimigos externos, dentre os quais podemos destacar a heresia protestante, não menos sofre a Santa Igreja por conta de seus inimigos internos. Dentre estes inimigos internos travestidos de católicos podemos mencionar uma heresia que encontra destaque principalmente em nosso continente Latino: A Heresia, digo, Teologia da Libertação.
 
Embora já tenha sido condenada pela Santa Igreja, ainda desperta o interesse de muitos católicos pouco esclarecidos, além dos católicos de má fé e mesmo de membros do clero (religiosos(as), padres e - infelizmente - até mesmo bispos).
 
Já ouvi de meu velho pai, um homem de fé, bastante religioso e de extrema boa vontade quando o assunto trata das "coisas de Deus", que - com suas melhores intenções e sem muito conhecimento de causa - a "Igreja deveria compreender mais a Teologia da Libertação". Claro que sua opinião é compreensível pois o disse devido à sua vontade de ajudar o próximo, sobretudo os mais pobres, aliada à sua ignorância sobre o tema e à grande influência que provavelmente tenha recebido sobre este assunto.
 
Noutra ocasião, minha mãe após participar de um encontro de formação para leigos (creio que encontro setorial dos "Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão") disse ter me trazido um livro de presente. Após a felicidade de saber que seria presenteado com um livro católico, sobreveio a decepção ao constatar que tratava-se de um livro da Teologia da Libertação.
 
Tanto minha mãe como a grande maioria dos presentes em tal encontro desconhecem o que seria Teologia da Libertação, estando portanto, expostos a esse tipo de literatura como se ela fosse fiel transmissora da doutrina e moral católica.
 
Eu mesmo em meus tempos de adolescente/jovem idealista e "revolucionário", quando admirava o comunismo, revolucionários (dentre meus heróis estavam Che e Fidel, sem contar minha grande simpatia por Hugo Chávez), partidos de esquerda e todos os "defensores da classe pobre e trabalhadora". Pois é, também eu estava me simpatizando pela Teologia da Libertação - já que acreditava ser essa uma maneira possível de ser católico e esquerdista ao mesmo tempo - quando pela graça de Deus fui apresentado à Verdadeira Religião de Cristo Nosso Senhor.
 
Por fim, trago abaixo a notícia publicada no Fratres que trata deste problema. Futuramente citarei bons artigos que apresentam a Teologia da Libertação para aqueles que ainda não a conhecem (ou que lidam com ela diariamente mas pensam tratar-se de Catolicismo.

*     *     *     *     *
 
Teologia da Libertação: o congresso no Brasil que preocupa o Vaticano. 
 
Será de 7 a 11 de outubro, com o pretexto de recordar o Concílio Vaticano II. Embora, na realidade, será uma oportunidade para afinar a agenda do “progressismo católico”.
 
Por Andrés Beltramo Álvarez | Tradução: Fratres in Unum.com
 
O teólogo "Leonardo" (Genésio) Boff
A Teologia da Libertação de corte marxista não está morta na América Latina. Embora suas teses e slogans tenham evoluído, escondem os mesmos objetivos de sempre: demolir o “pensamento único romano” e propor “outra igreja possível”. Seus expoentes mais polêmicos se reunirão de 7 a 11 de outubro no Brasil com o pretexto de recordar o Concílio Vaticano II. Embora, na realidade, será uma oportunidade para afinar a agenda do “progressismo católico”.
Acendeu-se o sinal de alerta na Santa Sé, e não é para menos. O Congresso Continental de Teologia, que será acolhido pelo Instituto Humanitas Unisinos, da Companhia de Jesus, na cidade brasileira de São Leopoldo, pretende também celebrar os 40 anos do livro de Gustavo Gutiérrez “Teologia da Libertação. Perspectivas”. Um texto que foi corrigido em muitas passagens a pedido da Congregação para a Doutrina da Fé.
Entre os oradores se destacam Jon Sobrino e Leonardo Boff, sobre os quais se mantêm vigentes as sanções eclesiásticas por difundir doutrinas contrárias ao magistério da Igreja. Mas também outros teólogos de duvidosa ortodoxia como Andrés Torres Queiruga, quem — no último mês de março — foi convidado pelos bispos espanhóis a esclarecer o seu pensamento que, em vários aspectos, não pode ser considerado católico.
Embora os organizadores tenham se empenhado em afirmar que o congresso não busca provocar um “duelo teológico” com o Vaticano, na prática será assim. Porque ele terá início no mesmo dia da abertura do Sínodo dos Bispos, em Roma, sobre a Nova Evangelização, durante o qual Bento XVI abrirá o Ano da Fé, em uma cerimônia pelos 50 anos do Concílio.
Neste contexto, o encontro da Unisinos reforçará ainda mais o seu caráter dissidente. Não só por uma questão de datas coincidentes, mas, especialmente, pelos assuntos sobre os quais girarão as discussões desses dias.
A Fundação Amerindia, entidade organizadora, incluiu na programação os temas mais defendidos pelos movimentos radicais da esquerda: desde a ideologia de gênero até os direitos humanos, da justiça à migração, da miscigenação até a “releitura libertadora da história latino-americana”, da economia e ecologia até os sistemas políticos emergentes.
Em que pese o discreto número de sacerdotes que assistirão aos trabalhos, não está programada nenhuma celebração religiosa. Não há previsão de missa, nem sequer ao domingo. Tampouco foi considerada uma cerimônia ecumênica. Apenas se reservou meia hora a um “momento de espiritualidade” dedicado, a cada dia, a uma situação distinta: a “entronização da Bíblia”, “o ecumenismo”, o “testemunho dos mártires”, e a “questão indígena”.
O movimento teológico que dará vida ao congresso continental é discreto em seus números e aguerrido em seus postulados. Nenhuma das quatro reuniões preparatórias ao congresso, realizadas em 2011 na Guatemala, México, Chile e Colombia superou a cifra de 300 assistentes. O resultado das mesmas é uma prova das idéias que irão se impor em São Leopoldo.
Por exemplo, na Guatemala, o sacerdote brasileiro Ermanno Alegri, coordenador da agência Adital, defendeu “a necessidade de elaborar uma agenda teológica para o futuro que leve a nos abrirmos a um Deus vivo e livre, contrário à visão de um Deus preso a dogmas, ritos, normas morais e patriarcalismos”. O jesuíta Sobrino esclareceu: “fora dos pobres não há salvação” e “a Igreja traiu Jesus Cristo”.
Em suma: o encontro do Brasil será uma mescla entre algumas idéias teológicas, pensamentos ecléticos diversos e propostas culturais heterogêneas com uma forte matriz política. Tudo acolhido por uma instituição católica, administrada por uma congregação religiosa cujo quarto voto é o de fidelidade ao Papa (os jesuítas).
Uma situação que preocupa a Cúria Romana. Como confirmou Boff através de sua conta no Twitter, em 14 de setembro: “Vejam a vontade persecutória do Vaticano: pressionam para queo Congresso sobre a Teol.da Lib.a se realizar em outubro no Sul não se realize. O Vaticano pensa que com os dois documentos(ruins)que escreveram sobre aTeol da Libertação a mataram e enterraram.Mas os oprimidos continuam. Enquanto houver um oprimido gritando vale se engajar por sua libertação,inspirados pelo Cristo Libertador.Só uma Igreja cínica se faz surda” [sic].

Nenhum comentário:

Postar um comentário