"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

terça-feira, 21 de maio de 2013

"Padre BETO" - parte 6 (final) - 5 minutos de fama e uma excelente análise do caso!

Beto, após excomungado, atingiu seus 5 minutos de fama (que parecem estar acabando). Para sua alegria, o programa "Fantástico" da Rede Globo resolveu falar sobre o caso e entrevistá-lo em reportagem que foi ao ar no domingo, 05 de maio.
"Beto ajeitando seu piercing"
Na entrevista, dentre outras bobagens (como explicar o porquê de ter colocado piercing) Beto repetiu as mesmas "reflexões" já tratadas em nossos anteriores artigos sobre o caso. Porém, algumas curiosidades chamaram a atenção àqueles que assistiram tal reportagem. Dentre elas, vimos novamente que Beto não usa camisetas de Che Guevara apenas porque as acha "fashion", mas sim porque é fã do revolucionário comunista (assasino e blasfemo). É o que se deduz quando alguém ostenta o quadro de "Che" na parede de sua casa como mostrou a reportagem. Porém, o mais curioso (e revelador) foi a reportagem ter mostrado a "decoração" da casa de Beto, composta de santos, ídolos "hollywoodianos" e ENTIDADES MÍSTICAS (buda, "deuses orientais", gnomos, etc). Ainda perguntamos: Seriam esses objetos mantidos por um católico? E o que dizer de um padre católico? Terá sido a excomunhão responsável pelo afastamento de Beto da Igreja Católica ou na verdade Beto dela já estava afastado há muito tempo?
 
Em mais um momento de "oração e reflexão" 
 
 
A intenção de criarmos essa sequência de artigos sobre o "caso padre Beto" foi única e exclusivamente para aclarar a situação aos leitores que não a compreendiam, fazer justiça para com o Bispo e a Igreja tão caluniada em nossos dias, assim como para mostrar essa situação como exemplo - tanto para aqueles que não entendiam como a Igreja funciona como para aqueles que agem feito "betos" - para que assim decidam: se convertem a Fé católica e a Ela se submetem ou param de tentar convertê-La à seus próprios achismos e "reflexões". Aceitam a Igreja e nela permanecem ou a deixam. Simples! 
 
Encerramos essa sequência de artigos sobre a excomunhão de Beto com essa excelente análise do jornalista Reinaldo Azevedo que, melhor do que ninguém, explica o caso de forma direta e objetiva.
 
PONTO FINAL

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Diocese de Bauru está de parabéns! Excomungou um provocador vulgar travestido de padre. Demorou demais! A Igreja precisa ser mais rápida nesses casos


A Diocese de Bauru decidiu excomungar um tipo que atendia pelo nome de “Padre Beto”. Escrevi um post sobre este senhor no sábado. Observei, então, que padre ele não era mais havia muito tempo. O senhor Roberto Francisco Daniel reivindicava o “direito” de ser sacerdote da Igreja Católica, mas cultivando uma fé privada, não aquela da instituição à qual decidiu se subordinar por livre e espontânea vontade.
 
A Igreja Católica não é um clube de livres-pensadores. Nenhuma religião é. Aliás, até clubes e associações recreativas têm os seus estatutos, não é? Quem decide transgredi-los de maneira contumaz, continuada, está fora. A estupidez militante de setores da imprensa o vê como alguém com coragem para contestar “os dogmas conservadores da Igreja”, o que é uma boçalidade em si. Dogmas são dogmas — nem conservadores nem progressistas. A sua existência compõe a mística de cada crença. No caso do catolicismo, como sabem, crê quem quer — e, às vezes, quem pode. Sim, conheço pessoas que adorariam ter fé, mas que não conseguem. A busca já é uma forma de oração. Quem sabe um dia…
 
No post que escrevi no sábado, demonstrei a tolice que é chamar uma religião de “conservadora” ou de “progressista”. Ora, o marco de referência, nesses casos, é sempre a moral laica. Mas a religião só é religião porque laicismo não é. Ainda assim, acho razoável que se confrontem valores. Tão logo assumiu o Pontificado, o agora papa emérito Joseph Ratzinger dialogou — na verdade, confrontou-se amigavelmente — com uma das coqueluches do Complexo Pucusp: o seu conterrâneo Jürgen Habermas. Vocês encontram os dois textos na Internet. Quando se anunciou o embate amistoso, muita gente preparou Coca-cola, pipoca e Confeti (POR QUE NÃO HÁ MAIS CONFETI NA REDE CINEMARK???) para ver o então papa ser esmagado. Ratzinger deu um banho no laicismo primitivo e boboca de Habermas. Volto ao ponto.
 
Sim, é aceitável que se confrontem valores — sempre tendo em mente o que torna Igreja a Igreja!!! Pode parecer tautológico, e é mesmo, mas precisa ser dito nestes dias. A imprensa faz as suas graças. Vamos ver: alguém pode ser, por exemplo, jornalista da Folha achando que seu Manual de Redação é uma bobagem, que as regras adotadas para o jornalismo da casa podem ser ignoradas, que o que importa mesmo é “a liberdade de expressão”, e o editor e o direitos de redação que vão se catar? E no Estadão? E na Globo? E no Globo? E na VEJA? E no seu condomínio, leitor amigo? E no seu grupo de amigos? Sim, há códigos de conduta também entre amigos. Podem não estar escritos, mas são mais poderosos do que as cânones da Igreja Católica, hehe. E no PT? Alguém pode ser petista sem acreditar na infalibilidade de Lula?
 
Por que a Santa Madre tem de aguentar um sujeito que acha que a instituição que o faz padre está equivocada e só fala besteira? Beto nasceu para ser estrela, como deixam claro seus vídeos no Youtube. Nasceu para brilhar. Nasceu para o palco, o picadeiro, o palanque, sei lá eu.
 
Reproduzo, abaixo, a íntegra do comunicado da Diocese de Bauru, que anuncia a sua excomunhão. O único defeito do texto é ter demorado mais do que devia. A Igreja tem de ser mais rápida nessas coisas. É preciso distinguir a eventual rebeldia de uma mente fervilhante, privilegiada, da pura sabotagem, especialmente quando as formulações, como é o caso, são de uma espantosa mediocridade.
 
E que se desfaça, desde logo, uma mentira. A estrela Beto não está sendo excomungada porque defende os gays, como se mente por aí. Está sendo excomungado porque deixou claro que não respeita a autoridade da Igreja. E ele tem todo o direito de não respeitar — só que fora da Igreja. Não terá dificuldade para se manter. Pode abrir um escritório de consulta sentimental, onde terá tempo de exercitar a sua teoria sobre os casamentos abertos, por exemplo.
 
Ah, sim: ele já havia pedido para se afastar da Igreja, impondo uma condição para voltar: que a Igreja mudasse. A Igreja preferiu que Beto se mudasse. Não é mais padre. Agora pode buscar o palco, o picadeiro, o palanque…
 
Encerro este meu texto, antes da nota da Diocese, com as mesmas palavras com que encerrei o outro, parecendo-me certa, então, a excomunhão: “Vá com Deus, Beto!”.

FONTE

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